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Comentário deixado no blog derrotarmontanhas.blogspot.com a propósito do post “Vai uma ajudinha?”, que colocava as questões
“O que significará, hoje, Anunciar o Evangelho do Reino de Deus?
O que serão, hoje, as tais Maneiras Novas?”
“Viva caríssimo Rui,
calhou ver este teu post antes de passar directamente para os posts mais antigos que ando a tentar ler para conseguir ter uma linha mais ou menos continuada dos “teus ensinamentos/partilhas”. Como este é um tema que me interessa bastante, aqui fica mais uma perspectiva já que pediste com tanto jeitinho:D
Então tentando respeitar as directrizes que sugeriste e apoiando-me em várias ideias de outros (porque como Randy Paush dizia, um bom “ladrão” vale mais que dez académicos…)
O que significará, hoje, Anunciar o Evangelho do Reino de Deus?
O padre Rui Barnabé no programa da Ecclesia em que publicitavam o Festival Jota 2009 (22/06/09 – http://www.festivaljota.com/cgi-bin/getfromdb.pl?nid=EkuVAyVFAkNvfGoGFW&menu=EkpyVkFEAunvZAwWCm), relembrou que já no Concílio Vaticano se dizia que Deus para se revelar tem de se revelar de maneira a que as pessoas percebam o que Deus está a dizer. E que por causa disso ele acreditava que o esforço da Igreja ao longo dos séculos (umas vezes mais próximo outras mais distante deste ideal) foi adequar a mensagem e tornar Deus perceptível na vida das pessoas. Perceptível e actuante na vida das pessoas.
O que serão, hoje, as tais Maneiras Novas?
Ora esta é que é mais complicada de responder, mas por isso mesmo mais estimulante:P
Acho que é impossível discordar da ideia do figlo, no sentido de que o testemunho (com a própria vida, em que as acções superem as próprias palavras) foi, é e provavelmente sempre será a melhor maneira de evangelizar. No entanto, tenho em ideia de que se o testemunho na vida existir verdadeiramente ele próprio será um motor para gerar novidade. Se a nossa vida for testemunho em todos os campos de acção da mesma, os “novos areópagos” serão descobertos como dizia a anónima. Ora e aqui acho que poderão ser descobertos de formas não óbvias, porque julgo que nem sempre é preciso dizer “Jesus” ou “Deus” quando queremos falar deles. Afinal de contas seremos reconhecidos como testemunhas pelo que fizermos aos outros.
E este facto trás-nos então a algumas das “novas maneiras”.
Maneiras essas, que infelizmente julgo ainda não serem suficientemente motivadas, ou pelo menos vistas com bons olhos pela maioria das cúpulas das estruturas ecclesiais católicas. Desrespeitando o teu pedido de evitar elogios, acho que a Igreja evangélica está muito melhor neste campo. Se repararmos grande parte das coisas que achamos originalmente interessantes estão, começaram ou pelo menos estão melhor desenvolvidas nesta Igreja do que na católica, na minha limitadíssima perspectiva.E isto julgo fazer parte das “Necessidades que se sentem… Dificuldades que já gostaríamos de ver ultrapassadas…”
Penso que o “Desafio” está aquí… dar liberdade ao nosso testemunho de se exprimir por todos os nossos dons e papéis que temos na vida.
Passemos a algumas pistas, que talvez sejam redundantes porque parece-me que já as deves conhecer, porque ainda sou novinho nestas coisas:P
– Hillsong United – a banda australiana que tu próprio já divulgaste num dos posts mais antigos. E são uma pista, porque não são apenas uma banda, são uma comunidade, que cresceu de um pequeno grupo de pessoas (jovens) até uma multidão de gente espalhada pelo mundo e que ultrapassou em muito “apenas” a música que anuncia Deus de uma forma actual. Conta com documentários, campanhas (I heart revolution), entre outros que são exemplos de novas iniciativas para, com originalidade, anunciar a boa nova. Por exemplo, esta comunidade até evangeliza pelo skate. Como muitos dos jovens eram skaters, levaram para os seus hobbies o falar de Deus.
– José Luis Cortés – cartoonista que evangeliza também pelo seu dom – o cartoon – , assim como um dos teus links, mas como ainda não tive tempo de o explorar fica este exemplo que conheço melhor:P
– a dança contemplativa – http://www.youtube.com/watch?v=cyheJ480LYA
– o uso das novas tecnologias:
www.tangle.com (antigo godtube)
www.xt3.com – rede social católica
em portugal penso que não poderá de se deixar de pelo menos referir o portal cristo jovem, entre muitos outros
– cristotecas – embora a meu ver, pelo menos o que tenho visto, ainda estejam demasiado preocupado com ter obrigatoriamente a palavra “Deus” ou “Jesus” cravadas expressamente em todo o lado.
E pronto, são pouquinhas pistas, mas o que conta é aquilo que se consegue multiplicar a partir do pouco:P
Resumindo, do que disse e que seja originalmente não roubado (pelo menos conscientemente) de ninguém é mesmo a ideia de que o que é preciso para gerar novas maneiras de evangelização é deixar passar o testemunho para os nossos dons, as pistas surgirão naturalmente:)
Paz e Bem”